Alfabetização: como é o processo, principais práticas, dados e desafios

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Um dos processos mais importantes da educação formal e primeira grande etapa do ensino fundamental, a alfabetização norteia praticamente todos os demais estágios do conhecimento. Você sabe como o processo deve ser feito, quais as práticas mais executadas no Brasil e quais os maiores desafios no nosso cenário?

Neste artigo do Blog Singularidades EAD, abordamos o tema com dados e mostrando o cenário que alunos e educadores enfrentam, com suas oportunidades e seus desafios. Continue a leitura para saber mais!

O que é e como funciona a alfabetização?

O processo de alfabetização é baseado no entendimento do princípio alfabético, que engloba duas premissas básicas: a) palavras são compostas de letras, e b) letras representam sons. A partir dessa compreensão, ensina-se o alfabeto, o sistema de escrita e o uso de ambos como código de comunicação em todas as esferas.

Quais são os métodos mais comuns de alfabetização no Brasil?

Em linhas gerais, os métodos de alfabetização se dividem em dois grupos principais: analíticos e sintéticos. Enquanto os métodos analíticos partem do todo para a parte, os sintéticos fazem o caminho contrário: começam pela parte e seguem para o todo. Confira a seguir mais informações sobre as categorias.

Métodos analíticos

Nessa metodologia, acredita-se que a criança percebe o contexto primeiramente, para então buscar conhecer e compreender os sons, as sílabas e as palavras. Sendo assim, parte-se da leitura de algo para o reconhecimento dos sinais e elementos gráficos, como a letra e a sílaba. Dentro dessa linha, destacam-se os seguintes métodos:

  • Global: também conhecido como método de contos, apresenta primeiramente as estruturas de texto com começo, meio e fim à criança.
  • Sentenciação: consiste em apresentar sentenças (frases) inteiras, buscando estimular e explorar a memorização.
  • Palavração: por fim, a palavração explora palavras comuns e tem como objetivo fazer com que a criança reconheça os sons das palavras.

Métodos sintéticos

Já os métodos sintéticos, mais amplamente conhecidos, trabalham com a ideia de que a língua portuguesa é silábica e fonética. Ele parte, então, de elementos “menores” (unidade linguística, como as letras, as sílabas e os sons correspondentes às letras e sílabas) para então chegar à leitura completa da palavra.

Sendo assim, é reunindo as unidades linguísticas (letras em sílabas, sílabas em palavras) que se chega ao ensino da escrita e da leitura. São três diferentes métodos sintéticos distintos:

  • Alfabético: usa como ponto de partida o nome das letras (alfabeto);
  • Fônico: usa como ponto de partida os sons correspondentes a cada letra;
  • Silábico: usa como ponto de partida as sílabas.

Dados sobre alfabetização e letramento na sociedade brasileira

De acordo com dados inéditos da pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Ministério da Educação (MEC), 56,4% das crianças brasileiras não estão alfabetizadas na idade considerada adequada (até o 2º ano do ensino fundamental).

Os dados, embora apresentados em 2023, refletem a realidade de 2021. O número indica, ainda, uma queda em relação a 2019, quando 60,3% das crianças era consideradas alfabetizadas. Para essa análise, são relevantes os impactos da pandemia de Covid-19 e do isolamento social para a educação e alfabetização infantil.

Vale ainda ressaltar que a definição de alfabetização consiste em um padrão de habilidades básicas de escrita e leitura, que incluem:

  1. a leitura de textos com períodos curtos e a localização de informações;
  2. a produção de inferências básicas com base na articulação entre texto e imagem; e;
  3. a escrita, ainda que com desvios, de textos para comunicação simples (lembretes, convites etc).

Desafios e obstáculos na alfabetização brasileira

A alfabetização no Brasil enfrenta diversos desafios que afetam a qualidade da educação e o pleno desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.

O principal desafio à plena alfabetização no país é a desigualdade socioeconômica, que leva à disparidade no acesso a recursos educacionais adequados, como livros, materiais didáticos e infraestrutura escolar, e no estímulo à leitura.

Em decorrência deste ponto principal, questões como a alta taxa de evasão escolar, a falta de políticas públicas voltadas à permanência estudantil nas escolas e a desvalorização dos professores e educadores também são centrais no debate sobre a alfabetização e o letramento de crianças brasileiras. 

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